domingo, 9 de agosto de 2009

ENERGIA POSITIVA :: coluna ESTAR BEM


por Manu Scarpa
Antes de você folhear esta revista, ela passou por várias etapas de produção. Fotógrafos, redatores e outros profissionais uniram suas habilidades para levar até o leitor o conteúdo mais completo possível. Mas para o fotógrafo produzir suas imagens ele necessita de baterias para carregar seu equipamento fotográfico. O redator precisou de um computador para escrever e enviar o texto para o editor, que por sua vez reuniu todo esse material e encaminhou para a gráfica imprimir. Em todos os passos desse processo existe algo em comum: a energia elétrica empregada. Grande parte das nossas atividades envolve a necessidade de utilizar energia elétrica, direta ou indiretamente. E ela esteve sempre ali, ao nosso alcance quando precisamos.

Mas esse quadro de certezas em relação a energia elétrica disponível começou a mudar na cabeça dos brasileiros a partir de 2001, quando o país enfrentou o racionamento de energia. Isso aconteceu porque a geração de eletricidade não acompanhou o crescimento do consumo. Como toda crise é também um momento para pensar novos caminhos, este foi também um momento de repensar novas alternativas de gerar energia.

Durante muito tempo o ser humano dependeu dos recursos fósseis para obter energia. Um bom exemplo é o petróleo, que alimenta motores e geradores. Apesar de suprir as atividades humanas até os dias hoje, especialistas acreditam que esse recurso deve durar no máximo mais cem anos. É uma verdadeira corrida contra o tempo para adequar nosso estilo de vida a uma realidade que antes parecia tão distante.

Pensando em informar os catarinenses sobre outras formas de geração de energia, a RIC Record, sob direção de Antônio Barbosa, exibiu aos sábados nos meses de junho e julho a série Fontes de Energia Renovável – que este ano produziu sua segunda temporada. Cada semana o telespectador conheceu uma fonte de energia diferente, com enfoque tecnológico e ambiental.


Tive a oportunidade de trabalhar como roteirista e jornalista responsável deste projeto, que nos levou a viajar pelo estado de Santa Catarina e conhecer de perto quem trabalha para implantar estas alternativas. Nossa equipe foi até Itapiranga, cidade do extremo oeste catarinense que faz divisa com a Argentina, para entender melhor sobre a geração de energia através da decomposição dos dejetos de suínos, o biogás. Viajamos até Tubarão, sul do estado, para aprender e divulgar o belo trabalho de aquecedor solar feito a partir de garrafas PET e caixinhas de leite longa vida. Fomos nem tão longe, na Universidade Federal (UFSC), conversar com especialistas para esclarecer e coletar dados atualizados.

Biomassa, biocombustível, biogás, energia eólica, energia solar. Você provavelmente deve conhecer alguns desses termos e cada vez eles serão mais comuns, pois são fontes alternativas de energia. Mas muito além da eletricidade, existe antes a preocupação em cuidar do meio ambiente. Cada uma delas busca na própria natureza os recursos renováveis necessários, sem agredir o meio que os fornece.

RESUMO DOS PROGRAMAS

Biogás


Energia Eólica


Energia Solar


Programa Fontes de Energia Renovável
Realização: RIC Record
Direção geral: Antônio Barbosa

terça-feira, 16 de junho de 2009

"Descendo a Ladeira" inicia filmagens em 2009

por Manu Scarpa

O projeto do filme "Descendo a Ladeira" carimbou o passaporte pelo Hawaii na última temporada. Protagonista do filme, o big rider catarinense Dê da Barra desembarcou em Florianópolis no início de março e trouxe na bagagem fotos, fatos e vídeos em mais um inverno havaiano. O primeiro foi em 1998 e se estendeu por cinco meses. Hoje já são oito viagens para o meio do Pacífico em busca da superação de limites. Para praticar sua especialidade, o tow in, Dê conta com uma base no North Shore, onde mora seu parceiro da modalidade, César Oliveira.

Diferente do surf comum de pranchinha, no tow in, as alegrias e responsabilidades são divididas. Como, por exemplo, no momento de um resgate em que é preciso agir rápido antes que a próxima onda coloque seu parceiro em uma situação difícil.

O roteiro do filme prevê uma biografia do atleta a partir de registros em foto e vídeo da sua carreira no mar, adicionando imagens inéditas que serão filmadas ao longo do ano em diversos picos pelo mundo. O primeiro riscado da lista foi a costa norte da ilha de Oahu. Bem em frente ao local onde estava hospedado em Velzland, uma bancada fez a cabeça diversas vezes. Com grande potencial, Phantos suporta ondas de até 40 pés. Esse ano o tamanho máximo nesse pico ocilou entre 15 e 20 pés. 'Foram vários momentos marcantes em outras bancadas como Off the Wall, Backdoor, Pipeline, que são ondas bem próximas da praia. São bons lugares para produzir material de mídia. Off the Wall era a opção com menos crowd e onde os brasileiros se encontravam", relembra.


Há algum tempo, Dê e sua equipe contam com a amizade e o profissionalismo do fotógrafo e videomaker Bruno Lemos, que mora no Hawaii. Ele acompanha todo o esforço e por isso sempre se disponibiliza para registrar os melhores momentos, na praia, dentro d'água ou no jetski em alto mar. Bruno filmou e cedeu as imagens do videoclipe desta matéria, que também traz entrevistas com a galera de tow in reunida na ilha havaiana.

Quem surfa rebocado não surfa sozinho. Eles então, surfam em parceria. Para reforçar os treinos, Dê e sua dupla trabalharam em equipe com outros dois grandes nomes do tow in no Brasil e no mundo: os brasileiros Rodrigo Resende e Danilo Couto, sempre representando nas competições internacionais. "Há um tempo decidimos treinar em parceria porque facilita o nosso trabalho e porque muitas vezes estamos em alto mar, onde tudo pode acontecer. Como, por exemplo, nessa temporada quando a galera do tow in estava surfando na bancada de Phantos e o Carlos Burle desligou o jetski em um momento crucial e despencou do lip enquanto a Maya Gabeira estava fazendo a curva cavando na onda. Nossa equipe estava atenta e realizamos o resgate deles".


Para dar continuidade ao filme, a idéia inicial é uma viagem para surfar a Pororoca. Em junho, o plano é uma trip para América do Sul, provavelmente Chile ou Peru. Se possível, uma passada pelo Tahiti também está no roteiro. "Estou de olho no circuito Brasileiro de Tow in, com etapas no Rio de Janeiro, São Paulo e possivelmente em Santa Catarina. O César Oliveira, que mora no Hawaii com a família, em breve estará no Brasil para aguardar uma boa condição para o evento. Enquanto isso, estou reunindo imagens e buscando patrocínio".

ASSISTA O VÍDEO








site waves.com.br, junho 2009
texto Manu Scarpa
fotos Bruno Lemos
edição de imagens Manu Scarpa

domingo, 7 de junho de 2009

Coleta Seletiva, floripa


A Coleta Seletiva e a Reciclagem são formas eficazes de tratamento de resíduos, pois reduzem a quantidade de lixo enviada para o aterro sanitário, aumentando sua vida útil. Ajudam na economia de recursos naturais, como água, petróleo, árvores, e muitos outros.

A COMCAP - Companhia Melhoramentos da Capital - realiza desde 1986 a Coleta Seletiva em Florianópolis, atendendo hoje a todos os bairros da cidade. Informe-se, faça a sua parte e contribua com a preservação do nosso Planeta!


Confira o roteiro da coleta seletiva no seu bairro: clique aqui
Para mais informações acesse http://www.comcap.org.br/



quarta-feira, 27 de maio de 2009

Água virtual

Juice #32, coluna Estar Bem

Um estudo concluído em 1993 pelo cientista e professor John Anthony Allan modificou a forma de encarar o consumo de água no mundo. John descobriu a fórmula matemática que calcula a quantidade de água utilizada para produzir qualquer alimento ou produto. Cada quilo de carne de boi, por exemplo, necessita de 15 mil litros desse precioso líquido para chegar até o consumidor final - considerando transporte, comércio, entre outras etapas do processo; para fabricar um litro de cerveja, lá se vão oito litros de água; e cada quilo de jeans utiliza em torno de 10 mil litros.

Com a descoberta, John Anthony recebeu o Stockholm Water Prize 2008, promovido anualmente pelo Instituto Internacional da Água de Estocolmo. Com a preocupação de que a escassez de água tem como consequência a escassez de alimentos em todo o planeta, o instituto visa ordenar o uso da água em um futuro próximo. Outra conclusão importante do estudo é que países como Brasil, Argentina e Estados Unidos exportam milhões de litros de água, enquanto Japão, Itália e Egito importam o que John chamou de "água virtual".

Mas a expressão "água virtual" (também chamada como "água embutida" ou "incorporada") já é conhecida, surgiu na década de 70 nos Estados Unidos. Do latim, virtual ou virtualis ou ainda virtus, que significa virtude, potência e força. O mercado internacional de água virtual implica na movimentação de 15% de toda a água usada no mundo. Este consumo antes despercebido, agora é contabilizado. Por detrás daquela saborosa xícara de café, 140 mil litros de água foram consumida para cultivar, produzir, empacotar e distribuir o produto final. Para ter uma breve idéia, um cidadão norte-americano utiliza mais de seis mil litros de água virtual por dia.

É preciso amadurecer os conhecimentos sobre a quantidade de água imbutida nas produções. Ela é componente essencial para muitas empresas, direta ou indiretamente. Abrir mão de utiliza-la é como decretar falência. No setor de bebidas, por exemplo, três galões de água participam da produção de apenas um litro de refrigerante, leite ou cerveja. De um modo ou outro, as empresas terão que encarar a redução de água em suas rotinas para não fechar as portas. O alerta é ainda mais urgente que o problema da possível falta de energia no futuro. Com a criatividade, o ser humano já encontrou diversas soluções através das energias renováveis. Com a água é diferente, trata-se de um recurso finito.

Considerando o fato de que o volume de água doce e limpa disponível no mundo representa menos de 1%, pequenas ações tem poder transformador. Segundo o Instituto AKATU Pelo Consumo Consciente, se um milhão de pessoas fechassem a torneira ao escovar os dentes, economizariam em um mês 12 minutos de vazão das Cataratas do Iguaçu. Um banho de ducha com duração de 10 minutos gasta em média 160 litros de água. Se desligar o chuveiro ao ensaboar, são 30 mil litros poupados em um ano.

Os exemplos de consumo são muitos e as soluções para reaproveitar e economizar, também. A chuva, devidamente acumulada e tratada em regiões com grande índice pluviométrico, poderia suprir perto de 100% da água de um lar. Ou ainda o esgoto, se tratado, poderia substituir cerca de 40% da água potável. É preciso tornar essas práticas aplicáveis no cotidiano de quem vive nas cidades. E é apenas o começo. ECOnomize.

por Manu Scarpa

sexta-feira, 1 de maio de 2009

MUNDIAL DE BODYBOARD

PRAIA DE ESTALEIRINHO, EM BALNEÁRIO CAMBORIU, MOSTRA TODO SEU POTENCIAL DE ONDAS DURANTE A SEGUNDA ETAPA DO MUNDIAL DE BODYBOARD



Os brasileiros mais uma vez brilharam e representaram no lugar mais alto do pódio. O campeonato começou com ondas pequenas e debaixo de muita chuva. Com a chegada do swell no segundo dia, o mar logo ganhou tamanho e pressão com ondas chegando 2,5m, colocando a radicalidade e a coragem dos atletas a prova. O show de manobras esteve garantido durante o campeonato todo, uma vez que as ondas não pararam de bombar. Depois de algumas notas máximas, muitos aéreos, back flips e el rolos absurdos, os brasileiros confirmaram o favoritismo marcando presença nas semis e finais do evento.


No feminino, a porto riquenha Natasha Sagardia enfrentou a espanhola Anate Aguirre, que acabou levando a melhor e indo para a final. Na outra disputa, a tetracampeã mundial Neymara Carvalho derrotou a cearense Isabela Souza, e fez uma emocionante final com a espanhola valendo ainda a liderança do circuito. Mas a sorte estava mesmo do lado da capixaba, que apesar do mar difícil e da forte rebentação, mostrou calma e experiência ao garantir logo no início uma nota alta, não dando chance para a espanhola, que tentou se jogar nas bombas sem sucesso.






Já na categoria masculina, o eneacamepão Mike Stuart mostrou porque é considerado uma lenda viva no esporte e garantiu seu lugar na final ao derrotar o baiano René Xavier. A outra vaga na grande final foi disputada pelo capixaba Lucas Nogueira e pelo defensor do titulo da etapa, Uri Valadão. O Baiano, atual campeão do mundo, representou muito. Mas, foi Lucas que acabou disputando a final com o havaino.



Mike escolheu as ondas muito bem, surfando com maestria e liderando a bateria desde o começo. O brasileiro conseguia reagir diminuindo a diferença, porém para nervosismo e euforia do público o grande campeão só foi definindo 40 segundos do término da bateria. Lucas Nogueira, assim como sua conterânea Neymara Carvalho, levou a bandeira do Brasil ao lugar mais alto do pódio, para a alegria da torcida que comemorou muito.






A próxima etapa que será realizada na praia da Armação, em Salvador na Bahia, promete novas emoções, já que grandes estrelas como o campeão Uri Valadão e a revelação baiana René Xavier, estaram competindo no quintal de casa.

Texto e fotos: Marianna Piccoli

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Inscrições abertas para o Florianópolis Cine Action


Estão abertas as inscrições de audioviduais no Florianópolis Cine Action, no próximo dia 30 de abril, no Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O festival receberá os principais produtores de vídeos de esportes de ação na natureza do país e tem o objetivo de reunir estudantes de cinema, simpatizantes do esporte, mídia e empresariado local. Esta será uma prévia da Mostra Mundial, programada para ocorrer no final de 2009, em Florianópolis, com seis dias de exibição de vídeos, palestras e debates a respeito do tema.

Os audiovisuais poderão ser inscritos diretamente no site Floripa Festival na seção "Participe". Serão aceitos vídeos em arquivos digitais nas extensões mov ou avi (16x9) ou DVD. Os audiovisuais - trailers, curtas e longas - selecionados serão exibidos entre às 14h e 18 horas do dia 30 de abril, junto às apresentações dos principais produtores locais e nacionais como Pepê Cezar (Fábio Fabuloso), Gustavo Camarão (Que! Life Style; vencedor do Billabong XXL), Sílvio Arnaut (diretor da Massangana Filmes, produtora do Surf Adventures 1 e 2) e do catarinense Bruno Bez (Sincronia e Lisergia).

Convidados como Rick Werneck e Guga Arruda serão alguns dos encarregados das entrevistas com os produtores durante os debates promovidos no período vespertino. A atração especial do lançamento do Florianópolis Cine Action será a estreia do vídeo do bodyboarder octacampeão mundial, Mike Stewart, em seu itinerário pelas melhores ondas do mundo.

No período noturno, a partir das 18h30min, haverá sessões com as principais obras dos produtores participantes do evento. Nas telas, além de paraísos naturais e muita ação, é pré-requisito a presença de arte, cultura e a promoção da sustentabilidade, mostrando o homem em plena conexão com a natureza. Fora do projetor, o festival terá um espaço dedicado à fotografia, com exposição de Basílio Ruy e Agobar Junior.

O valor dos ingressos para as sessões noturnas, bem como os pontos de venda, serão divulgados posteriormente. Mais atrações ainda poderão ser confirmadas até o final desta semana. O lançamento do Florianópolis Cine Action conta com patrocínio da Secretaria da Organização e do Lazer, por meio do Fundesporte, com promoção da Rádio Atlântida FM e apoio da DNA Natural, Portal Waves, SET Cinema e Televisão.

texto Michele Cardoso, diretora assistente do festival

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Dê da Barra, descendo a ladeira


Texto publicado em dezembro 2008, site waves.com.br

No final de 2008, mais precisamente no último dia 29 de dezembro, o big rider catarinense Laudinei Neves embarcou para o Hawaii na expectativa de começar bem o ano. Dê da Barra, como também é conhecido, quer aproveitar o inverno havaiano, adquirir experiência e preparo físico para encarar o que vem pela frente.

Ele e seu parceiro de tow in, César Oliveira, estão no aguardo de um big swell para reiniciar os treinos nas bancadas de Phantons, Backyards e Revelethin, ideais para a prática desta modalidade. Dê optou por mais uma temporada no North Shore para estar mais próximo do campeonato que acontece na ilha de Maui até março, além de também aumentar sua capacidade pulmonar para resistir aos caldos pesados, proporcionais ao tamanho das ondas no Hawaii.

O atleta e seu parceiro também esperam por outro evento, o North Shore Tow In Contest, promovido pelo lendário Ace Cool. Outro objetivo da viagem é produzir imagens em foto e vídeo para revistas e arquivo pessoal.


Um dos projetos para 2009 é a produção de um filme sobre sua carreira. Imagens inéditas e antigas vão contar a história do big rider e relembrar momentos, como o dia 14 de novembro de 2004 na praia do Cardoso, Farol de Santa Marta, Sul de Santa Catarina. Na ocasião, Dê da Barra surfou a maior onda registrada e documentada no litoral brasileiro, captada pelas lentes do videomaker Marcos Dias. Uma onda estimada em cerca de 10 metros de face, que você pode conferir no vídeo ao lado.

O filme trará exclusivamente ondas grandes e surfadas ao redor do mundo, seja de tow in ou na remada. O preview do filme mostra alguns dos principais momentos do atleta em viagens como para o Chile, Jaws, Pipeline e Brasil, além de uma prévia com imagens inéditas na pororoca.

"Descendo a Ladeira" é o título do projeto e o roteiro prevê um retorno ao passado, com a participação de grandes nomes do tow in e novas buscas por ondas realmente grandes. O atleta conta com patrocínio da Confraria das Artes. Apoio: Restaurante Cirrus, Academia Forma, Lonelines Surfboards, Suco da Saúde, Tick Dek, H2O e Brasil Fins.

ASSISTA O VÍDEO